Os muitos estilos de estar e viver na cidade

A cidade de mais de 11,5 milhões habitantes é marcada por uma imensa diversidade, fazendo com que cada canto, bairro, rua sejam marcados por estilos e modos de vida bastante particulares, identificados muitas vezes de forma caricata por algum «rótulo» e por comportamentos homogeneizados em torno do que comem, vestem, dos lugares que frequentam e de determinadas formas de falar em vários sotaques paulistanos.

Nos anos de 2020, ficaram conhecidos como santa ceciliers os hipsters do bairro de Santa Cecília, batizados dessa maneira em oposição aos faria limers, termo associado aos que trabalham na avenida Faria Lima, onde há alta concentração de empresas de tecnologia e do setor financeiro.¹ Na sequência ao lado de capas da edição local da revista Veja, pode-se ver um pouco dos estereótipos ligados a alguns desses grupos. ²

O uso do sufixo «er» vem da língua inglesa, que quando adicionado ao final de um verbo, por exemplo, representa alguém que executa uma determinada ação. Como no verbo «work», que significa trabalhar, e, portanto «worker», é o termo para trabalhador. Então, pode-se dizer que “Faria Limers” e “Santa Ceciliers” são aqueles que executam a ação de viver e trabalhar nesses locais em particular.