São Paulo também foi palco do episódio que há 60 anos se instaurou no Brasil, a ditadura civil-empresarial-militar (1964-1985). Em 2009, houve a instalação do Memorial da Resistência de São Paulo, situado no edifício projetado por Ramos de Azevedo e que hoje abriga a Estação Pinacoteca e o Memorial. Trata-se de um projeto museológico do Estado de São Paulo, que em período anterior abrigou a Companhia Estrada de Ferro Sorocabana (até 1938). Posteriormente, foi utilizado pelo Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – Deops/SP, de 1942 até 1983 (ano de sua extinção). Pessoas civis e militantes, de maneira arbitrária, foram consideradas uma “ameaça” à ordem pública e à segurança nacional, sendo detidas, reprimidas, torturadas e mortas nessas instalações.
Em 2018, o Memorial da Resistência organizou material bibliográfico em comemoração aos 10 anos do Memorial da Resistência, intitulado “Memorial da Resistência, 10 anos: PRESENTE!”. A criação do Memorial representou um marco no circuito da museologia brasileira, pois significou uma possibilidade de preservar as memórias das lutas sociais e resistências havidas em razão do regime de opressão e repressão de que vigeu neste país entre os anos de 1964 e 1985. O material está disponibilizado forma aberta, pública e gratuita pelo link: https://memorialdaresistenciasp.org.br/wp-content/uploads/2021/03/LIVRO_Memorial-da-Resistencia-10-anos.pdf (Memorial da Resistência, 2018)
Na Jornada do patrimônio, ocorrida em 2020 – Nossa Cidade, Nossas Memórias (com apoio da Secretaria Municipal de São Paulo), houve a produção de um vídeo que rememora as ocupações havidas no edifício que abriga o Memorial, segue a disponibilização do material que se encontra em acesso aberto, público e gratuito. (Memorial da Resistência, 2020)